Partilha(-te)

De que é que nos vale ter relacionamentos se tivermos de usar máscaras, se não pudermos ser genuínos, ou seja, se não pudermos mostrar quem realmente somos? Se sentes que não podes partilhar aquilo que realmente necessitas, por medo e/ou vergonha com as pessoas que fazem parte dos teus relacionamentos talvez seja a altura de te questionares com que tipo de pessoas é que te dás.
A verdade é que quanto mais contemos as nossas partilhas mais perdemos a capacidade para falarmos acerca delas e isso deixa-nos infelizes e…doentes.
Esta iliteracia emocional provoca-nos um desequilíbrio tal que nos desconecta totalmente da nossa essência e traz com ela a solidão, um dos grandes males do nosso século.
Não fomos educados para as partilhas genuínas. Seria bom que percebêssemos realmente que fomos educados para reprimir, para conter, para criticar e muitas vezes para vivermos de aparências.
Às vezes deparo-me com este medo de partilhar com determinados públicos quiçá mais heterogéneos ou com pessoas muito parecidas ou muito diferentes de mim. São situações que me provocam um nervoso miudinho, verdadeiros desafios que, sempre que superados, tornam-me uma pessoa melhor. Invariavelmente chego sempre à mesma conclusão: se não posso partilhar(-me) genuinamente, acabo por retirar-me.
Talvez seja da idade ou das vivências, mas, dar-me sem profundidade já não me faz qualquer sentido e traz-me uma incompletude insuportável, e ainda bem!
Partilhar sem estarmos condicionados torna-nos mais espontâneos, mais sábios, mais autênticos e mais humildes. E esta parte da nossa vida chama-se: Felicidade!
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